A paz é a pior inimiga do sistema moderno que vivemos. Por que? Justamente pela sua natureza de harmonizar conflitos. Muitos a consideram inimiga, mas ela mesmo, só enxerga aliados.
A sobrevivência do capitalismo depende da continua abertura de mercados e manutenção de um consumo alienado. Sendo a guerra, o principal veículo de implosão e expansão desse sistema. Elegem-se violões, para vender todo o aparato necessário para o conflito. A relação conflituosa requer altas despesas energéticas, o que significa dentro do sistema que inventamos para nós mesmos, necessidade de consumo desenfreado para todos e lucro para apenas um pequeno número de “vencedores”. Os vilões variam no espaço/tempo. São multidimensionais e transescalares. Vai do Bin Laden no noticiário até a formiga no seu jardim. Do inseto que pousa na sua parede branca até você com você mesmo se olhando no espelho. A desarmonia é o triunfo do capital. Desta forma, te vendem propagandas, venenos, armas, roupas, máquinas potentes e tudo mais que for necessário para fomentar a sua guerra interna que se materializará a cada movimento conflituoso.Se quisermos mudar o sistema altamente destrutivo que vivemos e ter uma chance de sobrevivência no paraíso planeta Terra, precisamos buscar harmonia nas relações. Perceber que os inimigos são na verdade nossos aliados.
Uma vez, num alto de um morro, Ernst me falou que para ele a melhor definição para o manejo que ele propõe seria peace Farming. Na tradução, algo como agricultura da paz.A criação de condições para conseguir aquilo que nos sustenta é a cultura instintiva mais antiga por ser inerente a sobrevivência. A questão é que, podemos conseguir os recursos necessários desagregando ou agregando energia. A desarmonia ambiental nos leva a escassez, que gera conflitos, se desdobrando em guerra e consequentemente a morte. Ou, podemos nos comportar harmonicamente, organizando e disponibilizando recursos, gerando paz, criando abundância, que nos leva ao favorecimento da vida.
Se interagirmos com a Terra em harmonia, iremos nos alimentar de paz.
